Escrito por Cátia Figueiredo
18-Set-2007
Depois de um primeiro Festival de Bandas Filarmónicas, em 2005, a Pocariça volta a ser anfitriã de algumas das bandas mais conceituadas a nível nacional. A segunda edição do encontro acontece já no final deste mês. A freguesia, acredita a organização, espera receber muitos apreciadores de música, atraídos por um cartaz composto por “bandas que à partida dão alguma garantia de qualidade”.
A ideia do festival da Pocariça é promover um intercâmbio de experiências entre as próprias bandas filarmónicas de diferentes zonas do país, além de contribuir para a afirmação deste género de formações musicais.
Já no próximo dia 23 de Setembro, e se o tempo colaborar, o Largo do Outeiro é o palco do II Festival de Bandas Filarmónicas da Pocariça.
Depois daquele que a organização considera um “êxito bastante grande” registado na primeira edição, a Associação Musical da Pocariça volta a apresentar ao público o trabalho de algumas filarmónicas já conceituadas no movimento filarmónico nacional.
A escolha do cartaz tentou, à semelhança da anterior edição, recair sobre bandas já com algum reconhecimento. Os responsáveis pelo evento tentaram ainda variar a proveniência geográfica de cada uma das participantes, de forma a que a troca de experiências possa ser ainda mais enriquecedora. “Gostamos mais de aprender com as outras, do que mostrar do que somos capazes”, explica António Leitão, Presidente da Associação Musical da Pocariça.
O festival, acredita a organização, é uma forma não só de divulgar, como de dignificar as bandas. “É o prémio das filarmónicas que se têm vindo a afirmar com empenho e dedicação”, conclui António Leitão. O objectivo passa também por criar uma festa da música em que as pessoas possam apreciar diversas sonoridades, uma vez que cada banda tem um repertório diferente.
Filarmónicas vão tocar em conjunto Outro grande intuito da realização deste género de festivais consiste em ir mais além da tradicional participação das bandas em festas e romarias. “Quem é apreciador de música, gosta de música bem executada. Se nos cingirmos às nossas festas, missas, procissões e a dar a volta às ruas, não é que não seja digno, mas não mostramos do que somos capazes”, garante o presidente da associação.
A primeira edição já se apresentou como um local de interesse para alguns apreciadores da “boa música” tal como, acredita a organização, deve acontecer uma vez mais este ano. Maestros, compositores e mesmo músicos de outras filarmónicas não participantes no festival já marcaram presença na edição de 2005.
A ideia inicial era que o festival se tornasse anual. A Associação Musical acabou por se deparar com algumas dificuldades em termos de disponibilidades e de datas e só agora consegue levar a cabo a segunda edição.
São quatro as bandas escolhidas para partilharem o seu trabalho. Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio de Abrunheira (Abrunheira) , Banda Velha União Sanjoanense (S. João de Loure), Sociedade Filarmónica
Progresso Matos Galamba (Alcácer do Sal), além da Associação Musical da Pocariça (Pocariça), são as apostas do cartaz deste ano.
A concentração e desfile estão marcados para as 14H00, seguidos da recepção às bandas, meia hora depois. Os concertos têm início às 15H00 e, pelas 18H00, o público será presenteado com a execução conjunta de um tema.
Qualidade é para manter
O festival, acredita a organização, é para continuar, sempre com filarmónicas de prestígio a nível nacional, algumas das quais a tocar pela primeira vez na região de Cantanhede. “As bandas de há dois foram conceituadas. Este ano também. No futuro, esperamos que continuem a ser”, confessa António Leitão. A própria filarmónica da Pocariça, acrescenta, começa também a afirmar-se e a tornar-se conhecida. Prova disso é o 1º prémio que ainda recentemente ganhou num concurso de bandas filarmónicas do distrito de Coimbra.
Recorde-se que a banda filarmónica da Associação Musical da Pocariça conta com 57 elementos, com uma faixa etária média de 19 anos.
O festival tem o apoio da Câmara Municipal de Cantanhede, Junta de Freguesia da Pocariça e do INATEL de Coimbra.